 
                                                            Desvio para o vermelho (1967-1984) apresenta duas datas na legenda: o ano em que o projeto foi concebido (1967) e o ano de sua primeira montagem, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1984, e, no Inhotim, ganha exibição permanente desde 2006. O título da obra de Cildo Meireles faz referência ao fenômeno Físico “desvio para o vermelho”, um caso particular do Efeito Doppler que indica a cor vermelha como frequência de ondas de luz percebida pelo observador quando os corpos celestes se afastam.
 
                                                             
                                                            Dividido em três ambientes articulados, o primeiro deles (Impregnação) reúne uma exaustiva coleção de móveis, objetos e obras de arte em tons de vermelho, organizados em uma sala. A saturação monocromática do primeiro ambiente contrasta com a penumbra do segundo (Entorno), onde observamos uma pequena garrafa caída no chão, cujo líquido vermelho derramado produz uma grande mancha no espaço. Este caminho do líquido nos conduz a uma sala totalmente escura (Desvio), onde somos guiados pelo som de água corrente. A escuridão é quebrada apenas por uma pia deslocada, por onde sai uma água vermelha que cria a sonoridade do ambiente.
![Cildo Meireles, Glove Trotter, 1991, [detalhe], malha de aço, bolas de vários tamanhos, cores e materiais, 25x520x420 cm. Foto: William Gomes](https://homolog.inhotim.org.br/wp-content/uploads/2021/05/20170906_Cildo-Meireles_-William-Gomes-1033-705x900.jpg.webp) 
                    ![Cildo Meireles, Através, 1983-89, [detalhe],  materiais diversos, 600x1500x1500 cm. Foto: Pedro Motta](https://homolog.inhotim.org.br/wp-content/uploads/2021/04/inhotim_acervos_artista_cildo_meireles_atraves-705x900.jpg.webp) 
                    ![Cildo Meireles, Através, 1983-89, [detalhe],  materiais diversos, 600x1500x1500 cm. Foto: Pedro Motta](https://homolog.inhotim.org.br/wp-content/uploads/2021/04/inhotim_acervos_artista_cildo_meireles_atraves-3-705x900.jpg.webp) 
                     
                     
                    ![Janet Cardiff, Forty Part Motet, 2001, [detalhe], instalação sonora em 40 canais, com duração de 14’7”, cantada pelo coro da catedral de Salisbury, dimensões variáveis. Foto: William Gomes.](https://homolog.inhotim.org.br/wp-content/uploads/2021/04/inhotim_acervos_artista_janet_cardiff_forty_party_motet_1-705x900.jpg.webp) 
                    ![Tunga, True Rouge, 1997, [detalhe], redes, madeira, vidro soprado, pérolas de vidro, tinta vermelha, esponjas do mar, bolas de sinuca, escovas limpa-garrafa, feltro, bolas de cristal, 1315x750x450 cm. Foto: Carol Lopes.](https://homolog.inhotim.org.br/wp-content/uploads/2021/04/inhotim_acervos_galeria_true_rouge_tunga-1-705x900.jpg.webp) 
                    